“Como parte da atual escalada em [na Faixa de] Gaza, um foguete caiu em Taba, causando seis feridos leves”, avançou a televisão AlQahera News, próxima da inteligência militar do Egito.
Segundo fontes do hospital de Taba, cinco pacientes tiveram alta após receberem o tratamento necessário, enquanto o pessoal de saúde ainda tentava a tentar estabilizar o sexto paciente.
O projétil atingiu um estacionamento de ambulâncias e um prédio residencial destinado aos médicos de um hospital nesta cidade do Mar Vermelho, localizada na ponta nordeste da península do Sinai e onde existe um posto fronteiriço com Israel, avançou o portal de notícias egípcio Cairo 24.
Imagens divulgadas na imprensa local e nas redes sociais mostram um prédio danificado, rodeado por vários veículos queimados.
A península desértica do Sinai faz fronteira, na ponta noroeste, com a Faixa de Gaza e compartilha uma fronteira norte com Israel.
Uma comissão das forças de segurança egípcias chegou ao local e iniciou uma investigação, acrescentando que, “uma vez determinado o responsável”, “todas as opções estarão sobre a mesa” e o Egito “reserva-se o direito a responder no momento apropriado”.
O Egito, mediador histórico entre palestinianos e israelitas, detém a única ligação à Faixa de Gaza que não está nas mãos de Israel, a passagem de Rafah, que tem sido usada por enviar ajuda humanitária para a região.
Na quinta-feira, num comunicado conjunto, o Egito, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, a Arábia Saudita, Omã, o Qatar, o Kuwait, e Marrocos sustentaram que o direito de Israel à defesa “não justifica violações flagrantes do direito internacional”.
No domingo, o exército de Israel anunciou que um dos seus tanques tinha disparado “por engano” contra uma posição egípcia nos arredores de Gaza. O Egito confirmou o incidente, bem como as desculpas de Telavive, relatando “ferimentos leves” nas suas fileiras.
O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo pelo menos 1.400 mortos e 224 reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando e impondo um cerco total ao território, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os bombardeamentos já mataram mais de 7.000 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.
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