A vítima foi esquartejada e a sua cabeça foi encontrada em março de 2019 numa praia de Leça da Palmeira, Matosinhos, dentro de um saco de plástico.

Os arguidos levados a julgamento a um tribunal coletivo de Matosinhos são um homem paquistanês e uma mulher tailandesa, que exploravam uma casa de massagens, tendo a vítima por colaboradora.

Estão acusados pela prática, em coautoria, de um crime de homicídio e de um crime de profanação de cadáver.

De acordo com a acusação, “o arguido e a arguida mataram a dita colaboradora tailandesa, após o que cortaram o cadáver aos pedaços, decapitaram-no e colocaram no congelador pelo menos a cabeça”, em factos situado entre 28 de dezembro de 2018 e 07 de março de 2019.

Depois do homicídio, relata o processo, “desfizeram-se dos pedaços de cadáver, deixando a cabeça acondicionada num saco plástico, dentro ou ao lado de um contentor colocado no areal da praia de Leça da Palmeira”, no concelho de Matosinhos.

A cabeça de mulher foi encontrada cerca das 10:00 de 07 de março de 2019 na praia de Leça da Palmeira, dentro de um saco de plástico, de acordo com relatos feitos na altura por fonte dos Bombeiros de Matosinhos/Leça.

Cerca de um mês depois, em 05 de abril, a Polícia Judiciária (PJ) deteve, como alegada autora do crime, uma massagista de 52 anos e de nacionalidade tailandesa. Já em 15 de agosto deste ano, a PJ anunciou a detenção de um suspeito da autoria material do homicídio qualificado e da profanação de cadáver.

Em comunicado então divulgado, a Diretoria do Norte da PJ explicou que o homem, de 32 anos, foi detido “na fronteira da Turquia com a Grécia” e é um cidadão paquistanês para quem a vítima trabalhava, que “se ausentou” de Portugal “logo que foi noticiado o aparecimento da cabeça” da mulher.

O homicídio e decapitação da vítima relacionam-se com uma alegada dívida da arguida à vítima de 10 mil euros, “que esta insistia em ver saldada”, esclareceu, em comunicado, após deter a suspeita, a Diretoria do Norte da PJ.

O julgamento tem já sessões marcadas até 28 de janeiro.