As audições vão acontecer a pedido do PSD para esclarecer “sucessivas intervenções contraditórias” sobre eventuais ligações do furto de material militar dos paióis nacionais de Tancos a redes terroristas.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Pina Monteiro, é ouvido de manhã, e a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, pela tarde.

Na quinta-feira será a vez de ser ouvido o secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, José Júlio Pereira.

Para 12 de setembro está prevista mais uma audição do ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes.

O Ministério Público abriu um inquérito ao desaparecimento daquele armamento militar, estando em causa suspeitas da prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de armas internacional e terrorismo internacional.

O deputado do PSD Matos Correia justificou a necessidade de mais esclarecimentos sobre esta matéria afirmando que depois da reunião do dia 11 de julho entre o primeiro-ministro, António Costa, os chefes militares dos três ramos e o general Pina Monteiro, “factos que tinham sido considerados graves passaram a ser considerados de menor relevância”.

Pina Monteiro revelou na altura que os lança-foguete furtados “provavelmente” não teriam condições de serem usados com eficácia já que estavam indicados para abate.

A comissão de Defesa Nacional solicitou ainda ao Ministério da Defesa “informação acerca do andamento” do processo e das averiguações determinadas para apurar as circunstâncias e condições em que ocorreu o furto.

O furto de material de guerra nos paióis nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, foi divulgado pelo Exército no dia 29 de junho.

Granadas de mão, granadas foguete anticarro, de gás lacrimogéneo e explosivos estavam entre o material de guerra furtado.

Em 20 de julho, o ministro da Defesa anunciou que vai fechar definitivamente os paióis nacionais de Tancos devido às dificuldades logísticas de garantir a segurança.

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