A greve de professores que teve inicio hoje por melhores condições de trabalho está a ter uma adesão elevada, disse fonte do Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P), que decretou esta paralisação, que durará por tempo indeterminado.
“Algumas escolas poderão não ter aulas hoje devido à greve que é uma greve de e para professores independentemente dos sindicatos ou de serem sindicalizados ou não. A esta hora ainda não conseguimos contabilizar, mas posso adiantar que a adesão é grande e mostra o descontentamento da classe”, disse o presidente do S.TO.P, André Pestana.
De acordo com o presidente do S.TO.P, esta greve é “um sinal contra as políticas de quem tem destruído a escola pública e as condições de quem trabalha”.
André Pestana adiantou que os professores defendem uma gestão e recrutamento de professores pela graduação do profissional e sem perfil ou mapas, sem conselhos de diretores a selecionarem o recrutamento.
“Reivindicamos igualmente um aumento do salário que compense a inflação. Os professores desde 2009 perderam mais de 20% do seu poder de compra. Queremos também a contagem de todo o tempo de serviço docente e o acesso ao 5.º e 7.º escalões sem quotas. Há mais reivindicações, mas estas conseguem compilar um sentir de toda a classe”, referiu.
André Pestana sublinhou que a greve é por tempo indeterminado e são os professores que vão determinar o seu fim.
“A luta vai continuar e temos já marcada uma grande manifestação para dia 17 de dezembro em Lisboa, com ponto de encontro marcado para as 15:00 no Marquês de Pombal”, indicou.
O sindicato, que representa cerca de 1.300 docentes, referia, em novembro, que a “forma de luta inédita” resulta de uma sondagem realizada no blog ArLindo, em que 1.720 pessoas apoiaram a realização de uma greve por tempo indeterminado.
Desde o início do ano letivo, os professores já estiveram em greve por duas vezes: no dia 2 de novembro, numa paralisação convocada por sete organizações sindicais, e no dia 18 de novembro, no âmbito da greve nacional da função pública.
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