Um homem foi hoje abatido no aeroporto de Orly, em Paris, pelas forças da ordem, depois de ter roubado uma arma a um militar do dispositivo de vigilância antiterrorista "Sentilena", anunciou o Ministério do Interior francês.
Cerca das 7:30 de Lisboa (8:30 em Paris), "um homem arrebatou uma arma a um militar e depois refugiou-se numa loja do aeroporto antes de ser abatido pelas forças de segurança", declarou à France Presse um porta-voz do Ministério do Interior. A mesma fonte afirmou que não há feridos e que o aeroporto foi evacuado.
O terminal Oeste do aeroporto, onde o tráfego aéreo foi "completamente interrompido" depois de um homem ter sido abatido, foi reaberto a meio da manhã, anunciaram os Aeroportos de Paris. "O terminal Orly-Oeste está aberto de novo e o tráfego vai ser retomado progressivamente", confirmou o presidente dos Aeroportos de Paris (ADP), Augustin de Romanet.
No Twitter, as autoridades francesas informaram que estava a decorrer uma operação policial no local, pedindo às pessoas para que não se aproximassem nem tentassem furar o perímetro de segurança estabelecido. Pediram ainda para que as pessoas não se deslocassem para o aeroporto até futuras indicações.
De acordo com o Le Figaro, o homem de 39 anos de nacionalidade francesa já era conhecido das autoridades por tráfico de estupefacientes e estava sob controlo judicial. Não há qualquer indicação de que tivesse explosivos consigo.
O ministro do interior, Bruno Le Loux, deslocou-se rapidamente para o aeroporto. Em declarações à imprensa confirmou que o mesmo homem abriu fogo uma hora e meia antes do incidente no aeroporto, numa operação policial em Stains, a norte da capital, onde feriu uma agente.
O condutor do veículo disparou sob três agentes numa operação stop quando ia apresentar os documentos do carro, ficando um deles ligeiramente ferido.
Segundo o canal BFM TV, o homem abandonou o veículo, um Renault Clio que havia previamente roubado, no departamento de Val de Marne, e ali roubou um outro carro, um Citroen Picasso, que posteriormente foi localizado no parque de Orly.
De acordo com o Le Figaro, o pai e o irmão do atacante foram detidos pelas autoridades para interrogatório. Um procedimento normal nestas situações refere o jornal francês.
A França continua em estado de alerta depois dos atentados de Paris e Nice. Os principais aeroportos do país contam com a presença de militares de forma a prevenir ataques. O aeroporto internacional de Orly é o segundo maior da capital do país.
Esta manhã, a ANA - Aeroportos de Portugal aconselhou os passageiros com destino a Paris-Orly a verificarem o estado dos voos. Contactada pela Lusa, fonte da ANA – Aeroportos de Portugal disse que “para já [cerca das 09:45] não há voos cancelados” para Paris-Orly, mas “provavelmente pode ser que venham a ser divergidos para o aeroporto Charles de Gaulle”. Segundo a mesma fonte estão previstos para hoje 20 voos, partidas e chegadas, dos aeroportos portugueses para Orly-Paris.
[Notícia atualizada às 12h45]
Comentários