Este protesto acontece a poucos dias do Presidente francês, Emmanuel Macron, apresentar um balanço do “Grande debate nacional” que incluirá medidas de redução de impostos, entre outras, e com o qual o Governo espera terminar uma crise que dura há já quase cinco meses.

Além de Toulouse, onde os cerca de um milhar de manifestantes começou a desfilar perto das 12:00 locais, estão também previstas concentrações noutras cidades, nomeadamente Marselha, Lille ou Grenoble.

Na mira dos manifestantes está também a chamada “lei contra o vandalismo”, com Priscilla Ludosky, uma das impulsionadoras das concentrações de Paris a alertar que as novas regras abrem portas que “se possa fazer qualquer coisa” contra as manifestantes e o movimento.

Jean-Baptiste, outro dos impulsionadores, que hoje se juntou aos manifestantes em Toulouse, optou por marcar o seu protesto carregando um cartaz com as fotografias de Emmanuel Macron e do ministro do Interior, Christophe Castane, onde se podia ler na legenda que “Estes são os vândalos”.

A lei anti-vandalismo foi aprovada no mês passado como resposta ao contexto de violência que tem rodeado as manifestações dos “coletes amarelos” e que, no início de dezembro, ficaram marcadas pelas imagens de caos nas ruas de Paris, com carros incendiados, e várias montras de lojas partidas.

A versão final da lei acabaria por ser menos ambiciosa do que pretendia o Governo, uma vez que o Conselho Constitucional rejeitou um artigo que previa proibições administrativas de manifestações que representam “ameaça grave para a ordem pública”.

No protesto da semana passada as autoridades adiantaram que o número de manifestantes rondaria as 22.500 pessoas em toda a França e as 3.500 em Paris, sendo este o nível mais baixo de participação desde novembro.

Estes números, fornecidos pelo Ministério do Interior francês, contrastam, contudo, com a contagem feita pelos ‘coletes amarelos’, que elevaram o número para um mínimo de 73.420 em todo o país.

Para evitar distúrbios violentos como os registados em meados de março, as autoridades locais proibiram concentrações nos Campos Elísios, na praça do Arco do Triunfo e numa ampla zona entre o Palácio do Eliseu, sede da Presidência da República, e a Assembleia Nacional.

“O Grande Debate Nacional” foi uma iniciativa lançada pelo Presidente francês para responder aos protestos dos ‘coletes amarelos” tendo recolhido cerca de 2 milhões de propostas de mudança para o país, desde os impostos ao ambiente ou a atribuição dos apoios sociais.

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