De acordo com as autoridades de saúde francesas, hoje registaram-se 37.014 novos diagnósticos positivos, um número muito alto para um domingo, e 191 mortes.
Quanto aos internamentos, França tem 4.872 pessoas em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), perto das 4.903 que marcaram o ponto máximo da segunda vaga, em meados de novembro, e os doentes hospitalizados são agora 27.712, face aos 27.259 do dia anterior.
Em todo o país, as Unidades de Cuidados Intensivos estão com 93% da sua capacidade ocupada, mas os números para a região de Paris (Ile de France) são de 123%.
Hoje foi também divulgado um comunicado em que 41 médicos de hospitais da região de Paris denunciaram que, ao ritmo atual, dentro de poucos dias terão de optar por não gastar recursos com os doentes com menos probabilidades de sobrevivência.
“Nos próximos 15 dias, com os contágios que já aconteceram, temos a certeza quase absoluta das camas de cuidados intensivos de que necessitaremos e sabemos que a nossa capacidade de assistência foi ultrapassada”, alertam.
Este problema “afetará todos os doentes covid e não covid, sobretudo no acesso de pacientes adultos a cuidados críticos”, destacam os responsáveis.
França tem atualmente um confinamento menos restritivo em 19 departamentos, que somam mais de um terço da população, enquanto outros 16 estão sob “vigilância reforçada”.
O Presidente de França, Emmanuel Macron, alertou hoje para a possibilidade de serem aplicadas novas restrições para combater a pandemia caso a atual estratégia de confinamentos regionais não resulte.
Numa entrevista publicada no Le Journal du Dimanche, Macron referiu que ainda "nada está decidido", querendo ver se as restrições postas em prática nos últimos dez dias foram suficientes para travar o aumento de contágios pelo novo coronavírus, antes de aprovar um terceiro confinamento total.
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