“A convenção é um debate interno, acho ótimo que haja debate, que seja assim, detesto partidos com maiorias norte-coreanas e que festejam o facto de ter um dirigente eleito por 99%. Coitados, não há ninguém que pensa naqueles partidos, não há duas opiniões diferentes”, afirmou o bloquista à entrada para a Convenção Nacional do BE, que decorre até domingo em Matosinhos, no distrito do Porto.

Por esse motivo, Louçã acha “naturalíssimo” a existência de opiniões diferentes e de debates internos.

Também Pedro Filipe Soares saudou a “democracia dentro dos partidos”, porque significa que “a mesma está viva”.

Dizendo sendo “salutar”, o bloquista entendeu que a existência de divergências não põe em causa o “esqueleto” do caminho traçado pelo BE e a capacidade de implementar uma linha política.

Já sobre um possível acordo com o PS, Pedro Filipe Soares confessou que o partido ainda não foi chamado para nenhuma reunião com o Governo.

“O PS tem de, em primeiro lugar, querer negociar um orçamento à esquerda e, havendo essa disponibilidade, o BE nunca faltará a soluções à esquerda”, sublinhou.

Pedro Filipe Soares reforçou que o voto do BE será pelo conteúdo do orçamento, assim “haja vontade de responder ao essencial”, que passa por reconstruir o país e garantir emprego de qualidade.

Já a deputada bloquista Mariana Mortágua assumiu “haver muito tempo” para conversar com o Governo sobre um eventual acordo, lembrando que o Governo sabe quais são as prioridades do partido.

“As negociações com o PS não são um objetivo em si mesmo, o objetivo do BE é mudar o regime laboral, responder à crise e ter apoios sociais”, afirmou.

O BE mantém a sua disponibilidade, frisou, acrescentando que o partido é “muito exigente nestas negociações”.

Sob o lema “Justiça na resposta à crise”, os trabalhos da XII Convenção Nacional do BE arrancaram hoje às 10:43, com metade dos delegados eleitos devido à pandemia.

O início dos trabalhos foi marcado pela votação do regimento da XII Convenção Nacional, que foi aprovado com braço no ar, depois de um pedido para que os delegados “tomem conta” das suas cadeiras.

Foi também eleita a Mesa da Convenção, que será copresidida pelo eurodeputado José Gusmão e pela deputada Joana Mortágua.

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