Depois de ter apresentado a demissão da liderança do CDS na própria noite eleitoral, o ciclo político para "Chicão" chega ao fim.

“Não me recandidato”, disse Francisco Rodrigues dos Santos à SIC Notícias, através da sua assessoria. A mesma informação já tinha sido avançada pelo jornal Observador.

A declaração de Francisco Rodrigues dos Santos surge como reação ao anúncio de Nuno Melo de que irá ser candidato à presidência do CDS no próximo congresso.

O CDS-PP teve no domingo o pior resultado da sua história em eleições legislativas e não conseguiu eleger qualquer deputado, tendo ficado afastado do parlamento pela primeira vez em 47 anos.

O CDS-PP foi o sétimo partido mais votado, tendo ficado à frente do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) e do Livre em percentagem e número de votos, mas não conseguiu eleger qualquer deputado, ao contrário destes dois partidos, que elegeram um deputado cada um pelo círculo de Lisboa.

O presidente do partido e cabeça de lista por Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos, assumiu "todas as responsabilidades" pelo resultado e anunciou que apresentou a demissão.

Durante a campanha eleitoral, o presidente do CDS-PP tinha apontado como objetivo eleitoral o partido crescer e aumentar o número de deputados e disse estar confiante que o partido iria surpreender e conseguir recuperar deputados em círculos onde não tinha conseguido eleger em 2019.

Rodrigues dos Santos tinha admitido também que seria recandidato à liderança.