A notícia é avançada na edição desta sexta-feira do Expresso. Segundo o semanário, os crimes em causa são os de abuso de poder, recebimento indevido de vantagem e prevaricação — que podem levar a uma pena entre dois a cinco anos de prisão.

"Quem prevaricar vai sofrer as consequências", afirmou uma fonte da Polícia Judiciária ao jornal.

Recorde-se que o Ministério Público já instaurou inquéritos relativamente a alguns dos casos vindos a público, nomeadamente à Segurança Social de Setúbal, ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) de Lisboa, ao INEM do Porto. Mas também instaurou inquéritos a factos noticiados ocorridos em Portimão (Centro de Apoio de Idosos), Vila Nova de Famalicão, Arcos de Valdevez, Bragança, Seixal e Montijo.

De acordo com o Expresso, a Ordem dos Médicos já terá alertado o Ministério da Saúde há um mês para várias dezenas de casos. Por seu turno, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse na segunda-feira que o ministério que tutela está empenhado em que os casos de incumprimento "sejam tratados adequadamente", porque o processo de vacinação "não pode sofrer fragilidades".