A arguida trabalhou como administrativa da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na Figueira da Foz até 2013 (altura em que rescindiu contrato) e está acusada pelo Ministério Público de desviar e utilizar em benefício próprio 54 mil euros de contas de clientes com quem tinha relações familiares ou de amizade, como é o caso do seu ex-marido, ex-sogros, companheira do ex-marido e tias.
Ao todo, foram lesados dez clientes da Caixa Geral de Depósitos por parte da na altura administrativa da agência da CGD na Figueira da Foz, entre, pelo menos, 2011 e 2012, refere a acusação a que a agência Lusa teve acesso.
Segundo a acusação, a arguida formulou um plano que passava por movimentar montantes depositados naquele banco por diversos clientes, sem o conhecimento ou consentimento destes, preferencialmente optando por amigos ou familiares.
"A arguida decidiu selecionar contas bancárias tituladas por clientes que sabia serem seus familiares ou amigos próximos, ou clientes cujas contas tinham valores elevados, que confiariam na arguida, pela relação que os unia", sustenta o MP.
A arguida alegadamente inscrevia justificativos das operações de débito e de crédito que fazia em proveito próprio e levou a CGD a emitir cartões bancários das contas dos clientes, que eram depois usados por si.
O Ministério Público (MP) acusa a arguida de um crime de falsidade informática agravado, um crime de peculato, um crime de falsificação de documento e um crime de branqueamento de capitais.
O julgamento arranca na quinta-feira, às 09:30, no Tribunal de Coimbra.
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