“A greve será na primeira semana de dezembro, mas a data ainda não está fechada”, anunciou Artur Sequeira, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), em declarações à Lusa.
Só na quinta-feira será conhecido o calendário da greve convocada pela FNSTFPS. Os pormenores do protesto dos trabalhadores não docentes das escolas públicas serão anunciados numa conferência de imprensa em Lisboa, junto ao Ministério da Educação.
A maior parte dos motivos do protesto é antiga e vai desde a falta de pessoal, a desvalorização das carreiras e a municipalização.
Mas, com a pandemia, a situação destes funcionários agravou-se: "Estamos a falar de situações que já existiam e outras que pioraram com a pandemia, como a falta de pessoal que é gritante”, sublinhou Artur Sequeira.
Para o sindicato, as soluções apresentadas pelo Governo, como a alteração da portaria de rácios, “não conseguiram responder as necessidades”.
Segundo Artur Sequeira, “muitas escolas estão a funcionar, e ainda bem, mas não conseguem cumprir os planos de contingência tal como estão estabelecidos, porque há poucos trabalhadores”.
A higienização constante dos espaços, a vigilância nas entradas da escola e durante os recreios são algumas das tarefas que ficam por vezes descuradas.
“Já antes as escolas tinham falta de trabalhadores e com estas novas regras a situação agravou-se”, criticou, considerando insuficiente a revisão da portaria de rácios, publicada no mês passado e que veio permitir ter mais três mil funcionários.
“Estamos a falar de três mil trabalhadores para 5.300 escolas. Não chega”, alertou.
Artur Sequeira considera que também não resolveu o problema das escolas a decisão do Ministério da Educação que no 1.º período de aulas permitiu a contratação de mais 1.500 assistentes operacionais.
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