“Numa fase mais imediata, estes ‘kits’ vão permitir a disponibilização gratuita de consumíveis de saúde para apoiar a capacidade de resposta à covid-19 das instituições de saúde parceiras”, refere a fundação, num comunicado hoje divulgado, acrescentando que “cada conjunto é composto por duas impressoras em 3D, consumíveis, formação à distância e uma linha de apoio ‘online'”.

Segundo a Fundação Calouste Gulbenkian, os apoios pretendem aproximar as instituições universitárias e científicas das instituições de saúde nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), esperando, a médio-prazo, “reforçar as iniciativas de inovação social, permitindo a disponibilidade deste equipamento para fins de investigação, ensino e outras iniciativas piloto”.

Angola irá receber quatro destes conjuntos, sendo atribuídos dois a Luanda (Universidade Agostinho Neto e Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências), um a Benguela (Instituto Superior Politécnico da Universidade Katyavala Bwila) e a Moçâmedes (Academia de Pescas e Ciências do Mar do Namibe).

Já Moçambique irá receber cinco conjuntos, distribuídos por Maxixe (Universidade Save), Nampula (Universidade Rovuma e Universidade do Lúrio), Beira (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Zambeze) e Maputo (Associação para a Promoção do Desenvolvimento através da Formação em Ciência “Osuwela”).

O Instituto Superior de Ciências da Saúde Dr. Victor Sá Machado – Universidade de São Tomé e Príncipe receberá também um destes ‘kits’, enquanto as universidades cabo-verdianas Jean Piaget (Praia) e Técnica do Atlântico (São Vicente) receberão cada uma um destes conjuntos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 708 mil mortos e infetou mais de 18,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há 21.050 mortos confirmados em mais de 976 mil infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de casos e de mortos (4.821 infetados e 83 óbitos), seguindo-se Cabo Verde (2.689 casos e 27 mortos), Guiné-Bissau (2.032 casos e 27 mortos), Moçambique (2.079 casos e 15 mortos), Angola (1.344 infetados e 59 mortos) e São Tomé e Príncipe (878 casos e 15 mortos).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.