A informação foi avançada pelo Ministério Público, através do seu site oficial.
O futuro ministro concorreu este ano para o cargo de deputado federal pelo Partido Novo (Novo), em São Paulo, não tendo conseguido ser eleito.
Ricardo Salles, sob a presidência do “Movimento Endireita Brasil”, contratou anúncios publicitários no jornal Estado de S. Paulo, entre 30 de maio e 22 de julho deste ano. O Ministério Público aponta que o objetivo das propagandas foi promover ilegalmente a sua candidatura.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a propaganda eleitoral era permitida a partir de 16 de agosto. Dessa forma, as publicações de Salles infringiriam a lei eleitoral, por se tratar de propaganda antecipada.
Nos anúncios são exibidas fotografias com destaque para a figura de Ricardo Salles, acompanhadas da identificação ou assinatura “Ricardo Salles — Presidente do Movimento Endireita Brasil”. O valor desembolsado para a veiculação do material impresso foi de 260 mil reais (cerca de 59 mil euros).
Durante a campanha eleitoral, parte do material propagandístico de Ricardo Salles causou polémica ao incitar ao uso de armas de fogo “contra a esquerda”, conforme é vísivel nos cartazes eleitorais.
Estas acusações vêm agora juntar-se a uma outra, datada de fevereiro de 2017, em que Salles é investigado por improbidade administrativa, por suspeitas de ocultação de alterações num mapeamento ambiental do rio Tietê, na Grande São Paulo, durante o período em que foi secretário de Meio Ambiente do Governo de São Paulo, na gestão de Geraldo Alckmin.
O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, que sempre assumiu uma retórica de combate ao crime, tem agora parte do futuro executivo investigado por suspeitas de vários crimes: Luiz Henrique Mandetta, Tereza Cristina, Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes, Marcos Pontes, e agora Ricardo Salles, já foram alvo de denúncias.
Bolsonaro e o seu executivo tomam posse no dia 1 de janeiro.
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