Nestes cinco anos, o gabinete recebeu 6.577 vítimas num total de 10.503 atendimentos realizados, referiu Fernando Rodrigues, sublinhando que as “principais denúncias” prendem-se com violência doméstica, sendo as vítimas “maioritariamente” mulheres e com idades entre os 30 e 40 anos.

Contudo, têm também chegado ao gabinete, além de situações de homens que são vítimas de violência das mulheres, casos de agressões entre pessoas do mesmo sexo, frisou o coordenador.

Apesar de ser em menor número, há igualmente queixas de maus-tratos de pais sobre filhos e vice-versa, adiantou.

O responsável assinalou que, das vítimas atendidas no gabinete, nenhuma “felizmente" sofreu "consequências".

Quanto à origem da queixa, Fernando Rodrigues revelou que é “sobretudo” a vítima que denuncia a situação, notando-se, contudo, uma “maior mobilização e sensibilização” da população.

Além disso, familiares, amigos e vizinhos também vão denunciado algumas situações, acrescentou.

Depois de feita a denúncia, Fernando Rodrigues salientou que os agentes afetos ao GAIV acompanham as vítimas em todas as situações, desde a monitorização do risco, criação de planos de segurança, audiências de julgamentos ou realizações de exames no Instituto de Medicina Legal (IML).

“É prática comum os agentes contactaram de forma periódica as pessoas que atendem”, reforçou.

O responsável ressalvou que o gabinete tem parcerias com diferentes instituições com intervenção nesta matéria.

O GAIV, a funcionar desde o mês de março de 2013, todos os dias da semana, 24 horas por dia, é composto por um chefe e 16 agentes com formação especifica para os crimes ocorridos no seio familiar e doméstico.

Por forma a assinalar os cinco anos de existência do gabinete, realiza-se na terça-feira, a partir das 14:00, o seminário “5 anos de GAIV”, no Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto.

Durante os trabalhos será feito um balanço destes anos de atividade, contando com a participação de representantes das várias instituições envolvidas no projeto.