Nomeado pelo conselho de administração, de que foi membro em 2011-2015 e 2019-2022, Hans Leijtens sucede à atual chefe interina da Frontex, a lituana Aija Kalnaja, que ocupou o cargo desde julho de 2022 na sequência da demissão do francês Fabrice Leggeri, acusado de tolerar a expulsão ilegal de migrantes.
Na passada sexta-feira, o Organismo Europeu Antifraude (OLAF) confirmou que abriu uma investigação contra a Frontex, sem no entanto fornecer mais pormenores.
Segundo os ‘media’ Mediapart, Der Spiegel e o coletivo Lighthouse Reports, a investigação diz respeito a Kalnaja.
Numa declaração enviada à agência noticiosa France-Presse (AFP), Kalnaja disse ter sido informada pelo OLAF de que ela é uma “pessoa envolvida num caso que envolve dois eventos distintos”, sem avançar quaisquer outros pormenores.
“Estou disponível para cooperar total, aberta e incondicionalmente com o OLAF para esclarecer os factos”, acrescentou.
A nomeação do general Leijtens foi saudada pela comissária europeia para os Assuntos Internos (que gere as questões migratórias), Ylva Johansson, que agradeceu a Kalnaja “a excelente liderança [na Frontex] durante um período difícil”.
“Estamos empenhados em continuar a melhorar a liderança e a governação da Frontex, a fim de melhor proteger as fronteiras externas da UE [União Europeia] “, acrescentou Johansson.
O tenente-general Hans Leijtens, que comanda o Royal Netherlands Marechaussee desde 2019, irá liderar a instituição durante cinco anos, segundo o comunicado da Frontex, com sede em Varsóvia.
Segundo o texto do comunicado, Hans Leijtens é doutorado em administração pública e tem mais de 30 anos de experiência na área de aplicação da lei.
O ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita foi um dos candidatos ao cargo de diretor-executivo da Frontex, mas em novembro foi divulgado que o seu nome não constava na lista de finalistas.
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