A notícia é avançada pelo jornal Expresso que sublinha que Marco Galinha, o presidente do conselho de administração, vai manter-se no cargo. Da mesma forma, também os acionistas minoritários, Kevin Ho e António Mendes Ferreira, também mantém as posições. Um outro acionista José Pedro Soeiro, regressará à administração do grupo, tal como Victor Menezes, demitido em janeiro.

Estreiam-se  Diogo Queiroz de Andrade, Rui Rodrigues e Vitor Coutinho, este último será o presidente executivo, segundo o Expresso.

Vitor Coutinho foi professor na Universidade Católica, no Instituto Politécnico de Leiria e na Universidade Lusíada, trabalhou na área da consultoria empresarial e organizacional, sendo depois entre 2021 e 2022 diretor de comunicação e assessor do presidente do grupo Lusiaves, Avelino Gaspar.

Como sacerdote da diocese de Leiria-Fátima, desempenhou múltiplas funções. Já  entre 2014 e 2021 foi vice-reitor do Santuário de Fátima sendo inclusivamente coordenador do Centenário de Fátima entre 2010 e 2017 e diretor do gabinete de informação e comunicação da diocese de Leiria-Fátima.

Recorde-se que na sexta-feira, a Lusa noticiou que a Páginas Civilizadas já chegou a acordo com o World Opportunity Fund (WOF) para encontrar uma solução para a Global Media, disse fonte ligada ao processo, que passa pela saída do fundo.

“Já se chegou a um acordo com o fundo [WOF] para se encontrar uma solução” para a Global Media Group, afirmou a mesma fonte contactada pela Lusa, que adiantou que o próximo passo é notificar as autoridades competentes.

De acordo com a informação da ERC, a participação efetiva da Páginas Civilizadas na GMG é de 50,25% do capital e dos direitos de voto. Esta posição é calculada a partir da soma da detenção direta de 41,51% e da indireta, através da Grandes Notícias Lda, de 8,74%.

O fundo WOF detém 51% do capital social e dos direitos de voto da Páginas Civilizadas, tendo uma participação de 25,628% do capital social e dos direitos de voto da GMG.

Na quinta-feira, o Conselho Regulador da ERC divulgou um projeto de deliberação que determina a aplicação do artigo 14.º da Lei da Transparência ao WOF “por falta de transparência na identificação da cadeia de imputação da participação qualificada na sociedade Páginas Civilizadas”.

A 6 de fevereiro, foi confirmada a assinatura de um acordo para a compra de alguns jornais e revistas da Global Media e a TSF por um grupo de investidores e empresários liderados por Diogo Freitas.

De acordo com o Expresso, os acionistas Marco Galinha, Kevin Ho, José Pedro Soeiro e António Mendes Ferreira “continuarão como acionistas da nova empresa a criar para agregar os títulos da Global que serão comprados” e terão “30% do capital e haverá mais 9% que serão distribuídos aos trabalhadores”.

De acordo com o título, os outros 61% ficam nas mãos dos quatro novos investidores: OTI Investimentos (empresa controlada pela família de Diogo Freitas), as empresas Parsoc — Investimentos e Participações, com negócios na distribuição, e Ilíria — Serviços de Consultoria e Gestão, que já foram sócias de Marco Galinha na Global Media, e a Mesosystem, que atua na cosmética.

O Grupo Bel, de Marco Galinha, detém uma participação indireta na GMG de 17,58%. A KNJ, de Kevin Ho, detém 29,350% e José Pedro Soeiro 20,400%.

*com Lusa