Em resposta a questões enviadas pela agência Lusa, por correio eletrónico, o Comando-Geral da GNR explicou hoje que existem no país 86 PAR “com um atendimento ao público assegurado, regra geral, no horário entre as 09:00 e as 17:00”, com um efetivo que varia “até 12 militares por posto”.

Destes, “41 estão temporariamente suspensos e localizam-se nos distritos de Braga, Castelo Branco, Évora, Guarda e Portalegre”, indicou a mesma fonte, embora não tenha fornecido dados, solicitados pela Lusa, sobre o número de postos de atendimento encerrados temporariamente em cada distrito.

Segundo a GNR, trata-se de uma “medida temporária” e de “caráter dinâmico”, ou seja, “de acordo com a evolução das circunstâncias em cada momento”, mas o patrulhamento nas áreas destes 41 PAR “encontra-se garantido”, tal como “o apoio às populações”.

Esta “suspensão temporária da atividade de alguns postos territoriais, os quais já funcionavam em Regime de Atendimento Reduzido, teve como pressuposto as circunstâncias particulares e excecionais que o país atravessa, em especial a reposição do controlo de fronteiras terrestres”.

Uma tarefa que conta com o “forte empenhamento da Guarda Nacional Republicana”, frisou a força de segurança.

Foi considerado “operacionalmente vantajoso adotar esta medida temporária, a qual permite alocar um maior número de militares para o serviço operacional, nomeadamente para o controlo da fronteira terrestre”.

Mas a suspensão temporária “apenas vigorará enquanto se afigurar absolutamente necessário”, sendo retomada a “situação de normalidade logo que possível”, pode ler-se nos esclarecimentos enviado à Lusa.

Questionado recentemente sobre esta questão, quando esteve em Évora, na quinta-feira passada, o comandante-geral da GNR, o tenente-general Rui Clero, reconheceu que “a exigência do controlo de fronteiras 24 horas por dia veio também trazer uma exigência maior” e a Guarda procurou “adaptar os recursos disponíveis para melhor” responder a essa missão.

“Enquanto durar a questão do controlo de fronteiras, vamos ter esses postos de atendimento reduzido temporariamente encerrados, mas é uma situação que será revertida e que voltará à situação anterior logo que existam condições”, afiançou.

Para procurar tranquilizar as populações nessas áreas, o comandante-geral lembrou que “há um número de telefone para onde podem ligar” e, no caso de qualquer ocorrência, “é deslocada uma patrulha” e “o policiamento continua a ser garantido”.

Em Portugal, morreram 15.411 pessoas dos 787.059 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.