“Embora não haja uma maneira fácil de estabelecer a rastreabilidade absoluta, sabemos que não temos tudo o que deveríamos ter”, escreveu a arquivista-chefe interina, Debra Steidel Wall, numa carta enviada à congressista Carolyn Maloney, que lidera uma comissão parlamentar de inquérito.

A carta, datada de sexta-feira, não revela os nomes dos membros da Casa Branca envolvidos neste caso, mas explica que alguns deles usaram contas de ‘e-mail’ privadas para negócios oficiais, sem encaminhar essas mensagens para os Arquivos Nacionais, como exige a lei federal dos Estados Unidos.

Wall refere que o Arquivo Nacional – que é responsável por preservar os registos oficiais do Governo — “vai consultar o Departamento de Justiça, para analisar possíveis ações legais”, de forma a poder recuperar registos que “foram removidos ilegalmente”.

A carta da arquivista foi enviada em resposta a um pedido de Maloney sobre os mais recentes desenvolvimentos no processo em que Trump é acusado de ter levado consigo documentos confidenciais, quando deixou a Casa Branca, em 2021.

Uma lei de 1978 obriga todos os presidentes norte-americanos a enviar todos os ‘e-mails’, cartas e outros documentos de trabalho para o Arquivo Nacional.

Em janeiro, Donald Trump entregou 15 caixas ao Arquivo Nacional, mas, após uma primeira análise, as autoridades federais concluíram que o ex-Presidente devia manter outros documentos em sua posse, na residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

Agentes do FBI deslocaram-se a esta residência pela primeira vez em junho, reforçando a ideia de que nem todos os documentos tinham sido apreendidos.

Em 08 de agosto, os agentes realizaram uma nova busca em Mar-a-Lago, com base num mandado de “retenção de documentos confidenciais” e alegando suspeitas de “obstrução de investigação federal”, tendo apreendido mais cerca de 30 caixas.

Donald Trump diz que está a ser perseguido politicamente e garante que os milhares de documentos apreendidos são pessoais ou já foram por si desclassificados.

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