"Ainda não está decidido", respondeu o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, quando questionado pelos jornalistas pelo processo de candidatura do ministro Mário Centeno à presidência do Eurogrupo (grupo europeu que junta os ministros das Finanças da zona euro), que termina na quinta-feira.

À margem do Fórum Banca, que decorreu esta manhã em Lisboa, Mourinho Félix disse aos jornalistas que a candidatura avança "se estiverem reunidos dois pressupostos: um apoio abrangente, que não quer dizer a certeza que se ganha, e uma ponderação das implicações que isso tem na condução da política económica".

Neste último ponto, o secretário de Estado disse que é importante ponderar uma "divisão entre Bruxelas e Portugal, de forma que se consiga prosseguir o que tem sido feito e que não se perca o foco essencial deste processo de consolidação, da recuperação da economia portuguesa e da estabilização do sistema financeiro".

Questionado sobre se é provável a concretização desses dois pressupostos, Mourinho Félix respondeu: "Existe uma probabilidade de concretização, mas não é uma probabilidade que se possa quantificar de uma forma rigorosa".

Mourinho Félix acrescentou que o Governo está envolvido num conjunto de contactos a nível europeu, recordando que a eleição para a presidência do Eurogrupo envolve 19 votos (dos representantes dos 19 países da zona euro).

"O ministro das Finanças português mostrou disponibilidade para ser candidato caso seja um fator de união e de promoção de aprofundamento da União Económica e Monetária, que será uma parte essencial do mandato do próximo presidente do Eurogrupo. Se houver esse entendimento da parte de um conjunto abrangente de países então há uma ponderação obviamente a fazer", disse.