O Ministério da Agricultura avançou, em comunicado, que Capoulas Santos, que esteve reunido com o seu homólogo espanhol, Luis Planas Puchades, em Mérida, defendeu “a necessidade de articular a estratégia de prevenção e de combate à propagação da doença, por forma a limitar ao máximo, e se possível, eliminar, as possibilidades de contágio”.

Em causa, está uma bactéria transmitida pelo inseto ‘Philaenus spumarius’ (vulgarmente conhecido como cigarrinha-da-espuma), que se alimenta do xilema das plantas e cujo ciclo se inicia na primavera.

Portugal tem já em curso o Plano de Contingência Nacional, que estabelece o conjunto de procedimentos destinados a garantir uma rápida resposta em caso de deteção.

“Em Espanha, vêm sendo detetados alguns focos nas baleares, na região de Madrid e na região de Alicante”, indicou o ministério liderado por Capoulas Santos.

Em cima da mesa, esteve ainda a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), no âmbito da qual Portugal e Espanha integram um grupo de cerca de 20 Estados-membros, que se manifestam contra a redução do orçamento.

O Governo português tem também como meta a manutenção da taxa de cofinanciamento nacional que, atualmente, está nos 15% e a União Europeia (UE) propõe que passe a 30%.

Em 18 de janeiro, Portugal informou oficialmente a Comissão Europeia da presença da bactéria ‘Xylella fastidiosa’ em plantas de lavanda no jardim de um ‘zoo’ em Vila Nova de Gaia, no Porto, conforme disse à Lusa, na altura, uma fonte comunitária.

A presença da bactéria que ataca espécies como oliveiras e amendoeiras e para a qual não há cura foi detetada “em 41 plantas de lavanda num jardim de um ‘zoo’ – ou seja, não numa zona agrícola – em Vila Nova de Gaia”.

Na sequência da identificação da presença da bactéria, salientou a mesma fonte, estão a decorrer ações para confirmar a origem da infeção, tendo sido também demarcada a área afetada conforme as regras da União Europeia.

Adicionalmente, foi estabelecida uma área demarcada que compreende 100 metros da zona infetada e uma zona tampão circundante de cinco quilómetros, ambas sob forte vigilância.

Por outro lado, foram destruídas todas as plantas infetadas com a subespécie e restringida a circulação a todos os operadores nas áreas demarcadas (que incluem duas plantações e sete centros de jardinagem) de modo a impedir a saída de plantas específicas.

Desde 2015, têm sido detetadas diferentes subespécies da bactéria ‘Xylella fastidiosa’ em França, Espanha e Itália em espécies ornamentais e também agrícolas.