“O ano de 2021 é o ano em que todos os corredores do Ferrovia 2020 estarão em obras”, lê-se no documento, que acrescenta que “as intervenções em curso e as obras a iniciar durante o ano de 2021 visam assegurar a interoperabilidade ferroviária”.

Estas intervenções pretendem, no que diz respeito ao transporte de mercadorias, “aumentar a capacidade das linhas, através da construção de estações técnicas, de modo a garantir condições que permitam a circulação diária de maior número de comboios” bem como “criar condições para a circulação de comboios de mercadorias de comprimento até 750 m e reduzir o tempo de trajeto dos comboios de mercadorias”, referem as Grandes Opções (GO).

O documento destaca para 2021, “o início da exploração ferroviária comercial, com comboios elétricos, na Linha do Minho, entre Nine e Valença, e na Linha da Beira Baixa, no troço entre a Covilhã e a Guarda” bem como várias outras intervenções.

“Encontram-se em curso as obras da nova linha que ligará Évora à fronteira com Espanha, materializando o designado Corredor Internacional Sul”, recordam as GO, dando ainda conta de que as “obras de modernização da Linha da Beira Alta no Corredor Internacional Norte continuarão no troço Pampilhosa/Santa Comba Dão e com a consignação das obras nos troços entre Santa Comba Dão e Vilar Formoso”.

Estima-se também que “todos os troços da Linha da Beira Alta estejam em obra durante o 1.º semestre de 2021″, encontrando-se, por sua vez, “em desenvolvimento os projetos e os procedimentos de contratação de obras com vista à concretização do projeto de Modernização da Linha de Cascais”.

“Relativamente aos corredores complementares, espera-se que durante 2021 entre em fase de obra a totalidade das linhas do Oeste e do Algarve”, dizem as GO, destacando ainda, “no setor ferroviário para os próximos anos, tal como decorre do Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030), o aumento da capacidade e a redução do tempo de viagem ao longo do Eixo Porto — Lisboa, através da construção da nova linha de alta de velocidade”.

Entre os vários projetos, o documento realça ”a construção de uma nova linha de via dupla de alta velocidade para passageiros entre Porto Campanhã e Vigo”, que “viabilizará um tempo de percurso próximo de uma hora, aproximando os dois lados da fronteira, Portugal e Espanha”.

As GO determinam ainda que, apesar “de Portugal possuir uma rede rodoviária moderna e abrangente, continuam a existir necessidades pontuais por suprir, conforme assinalado no Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT)”, que passam pelo fecho da malha, promoção da coesão territorial e outras prioridades.

Assim, “estão a ser encetados todos os esforços para canalizar parte dos fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] para a concretização dos projetos rodoviários estratégicos identificados no PNI2030 [Programa Nacional de Investimentos 2030]” para que o este ano “fique marcado como o ano de arranque de um período muito importante de investimentos na rodovia”.