“A capacidade que temos tido de colocar o programa Revive em velocidade cruzeiro, periodicamente indo lançando concursos, recebendo propostas, apreciando propostas, celebrando contratos, é um trabalho notável e estamos muito satisfeitos com o ritmo de execução”, declarou o ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.
O ministro falava no lançamento da segunda edição do programa Revive, que decorreu num dos edifícios a reabilitar — o Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, em Lisboa, – numa sessão que contou, ainda, com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca, da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, e do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.
Nesta segunda edição, o programa Revive vai integrar mais 15 imóveis públicos a recuperar, que se juntam aos 33 anunciados em 2016, dos quais apenas um está já reabilitado e aberto ao público, o Convento de São Paulo (Elvas).
Além do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia, identificado como Edifício Pombalino na Praça do Comércio, a segunda edição inclui monumentos nacionais como o Mosteiro de São José (Évora), a Fortaleza da Torre Velha (Almada) e o Quartel das Esquadras (Almeida), assim como vários imóveis de interesse público como o Palacete Viscondessa de Santiago do Lobão (Porto), a Fortaleza da Juromenha (Alandroal) e o Forte da Cadaveira (Cascais).
Outros dos 15 imóveis são o Forte Velho do Outão (Setúbal), a Casa do Outeiro (Paredes de Coura), o Castelo de Almada, o Centro Educativo Vila Fernando (Elvas), a Casa das Fardas (Estremoz), a Quinta do Cabo das Lezírias (Vila Franca de Xira), Casa da Igreja (Mondim de Basto) e o Palacete Conde Dias Garcia (São João da Madeira).
“Aquilo que pretendemos é, verdadeiramente, que estes imóveis, testemunhos do nosso passado, possam conhecer uma nova utilização e ser colocados à fruição dos portugueses e daqueles que nos visitam, independentemente do modelo de ocupação que possam ter”, avançou o ministro Adjunto e da Economia, explicando que se trata de “imóveis que estão abandonados há muitas décadas”.
Para avançar com a recuperação deste património público, houve “um trabalho muito aturado” de estudo e de levantamento para saber qual o estado de conservação dos mesmos e conhecer quais os elementos patrimoniais a preservar numa reabilitação, referiu Pedro Siza Vieira, em declarações aos jornalistas sobre os dados da primeira edição do programa.
Segundo informação da página do Revive, disponibilizada ‘on-line’ pelo Turismo de Portugal, dos 33 imóveis anunciados em 2016, apenas um tem o projeto concluído (o convento em Elvas), oito têm concursos concluídos, oito têm concursos abertos e os restantes 16 edifícios — quase metade do total – ainda não têm o processo de reabilitação em curso.
“Relativamente aos projetos que já estão adjudicados, o investimento total que está previsto é de cerca 54,5 milhões de euros, portanto são investimentos significativos. À medida que formos recebendo novas propostas e adjudicando novos contratos vamos ver qual é o investimento que cada um deles envolve”, indicou o responsável pela pasta da Economia.
Dos 17 concursos lançados para imóveis da primeira edição do Revive, o Governo prevê que, até final deste mês, estejam oito imóveis adjudicados, tendo ainda anunciado o lançamento do 18.º concurso público, para a concessão do Forte da Ínsua, em Caminha.
O presidente do Turismo de Portugal adiantou que os projetos no âmbito da primeira edição do Revive representam “120 milhões de euros de investimento e um milhão de euros em rendas anuais”.
Lançado em 2016, o Revive é um programa conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, que visa promover a recuperação e a requalificação de imóveis públicos classificados que estão sem uso, através da concessão a privados para exploração para fins turísticos.
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