“Não digo que ainda seja precoce começarmos a pensar nessa possibilidade, no entanto, tem de ser devidamente planeada e ponderada, acompanhando também a evolução do surto em território continental, mas estamos a trabalhar nesse sentido, para vermos que tipo de medidas, que existem neste momento na região, é que podem começar a ser ponderadas para serem levantadas e diminuídas”, avançou.
Tiago Lopes, que é também diretor regional da Saúde, falava, em Angra do Heroísmo, no ponto de situação diário sobre a evolução do surto da covid-19 nos Açores.
O responsável da Autoridade de Saúde Regional lembrou, no entanto, que a situação atual pandemia da covid-19 não é igual em todas as ilhas do arquipélago, admitindo mais restrições na ilha de São Miguel, onde estão 84 dos 111 casos positivos ativos.
“Nalgumas ilhas, nomeadamente São Miguel, ainda exige o seu cumprimento e não podemos assegurar que não possam ser até acentuadas”, apontou.
A ilha de São Miguel tem cordões sanitários em todos os seus concelhos, que impedem a livre circulação entre eles, desde o dia 3 de abril e a medida foi prolongada até 1 de maio.
Enquanto o levantamento de restrições não for decidido, Tiago Lopes apela a que a população continue a cumprir as recomendações da Autoridade de Saúde Regional.
“Para já não deveremos ainda cair no engano de que estará tudo bem e que poderemos voltar a essa normalidade tão depressa quanto isso”, frisou.
Desde o início do surto foram confirmados 138 casos da covid-19 nos Açores, 111 dos quais atualmente ativos, tendo ocorrido 19 recuperações (oito em São Miguel, seis na Terceira, quatro em São Jorge e uma no Pico) e oito mortes (em São Miguel).
A ilha de São Miguel é a que registou mais casos (100), seguindo-se Terceira (11), Pico (10), São Jorge (sete), Faial (cinco) e Graciosa (cinco).
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 593.500 doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 785 pessoas das 21.982 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
Comentários