No seu discurso sobre política geral na Assembleia Nacional, Gabriel Attal afirmou que “o objetivo é claro: garantir uma concorrência leal, especialmente para que os regulamentos que estão a ser aplicados aos agricultores [franceses] também sejam respeitados pelos produtos estrangeiros”.
O governante também disse que os retalhistas de alimentos que não cumprirem uma lei destinada a garantir uma parcela justa das receitas para os agricultores serão multados a partir de agora.
Os agricultores têm protestado há dias em toda a França para pressionar o Governo a responder às suas exigências de melhor rendimento pelos seus produtos, menos burocracia e proteção contra importações baratas.
Com os agricultores em barricadas de protesto em redor de Paris, o Governo francês espera acalmá-los com mais concessões em relação às suas queixas de que a produção de alimentos tornou-se demasiado difícil e não suficientemente lucrativa.
O novo primeiro-ministro defendeu o setor agrícola no seu primeiro grande discurso no parlamento, expondo as prioridades do seu Governo.
“[A agricultura é a] nossa força e nosso orgulho. Não só porque nos alimenta no sentido literal. Mas também porque constitui um dos alicerces da nossa identidade, das nossas tradições”, declarou.
A campanha dos agricultores por melhores salários, menos restrições e custos mais baixos transformou-se numa grande crise para Attal no primeiro mês no seu cargo.
Os manifestantes rejeitaram as medidas que Attal anunciou na semana passada, afirmando que eram insuficientes e o Governo prometeu que mais respostas seriam divulgadas hoje.
Os agricultores em protesto cercaram Paris com barricadas congestionadas na segunda-feira, usando centenas de tratores pesados e montes de fardos de feno para bloquear estradas que levam à capital francesa, que sediará os Jogos Olímpicos de Verão dentro de seis meses.
Os manifestantes estão preparados para uma batalha prolongada, com tendas e reservas de comida e água.
O Governo anunciou o envio de 15.000 polícias, principalmente para a região de Paris, para impedir qualquer tentativa dos manifestantes de entrar na capital.
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