"Neste momento e nesta legislatura, já com este Governo, aprovámos mais de 300 novas ETAR em Portugal (...). Isto corresponde a um esforço que só de investimento a fundo perdido é de 660 milhões de euros. E, se tivermos em conta aquilo que é também o esforço das entidades que as promovem e que já não são apoiadas, este valor é seguramente, pelo menos duplo, ou seja, temos obras em curso em Portugal, no ciclo urbano da água, de 1,2 mil milhões de euros", afirmou Carlos Martins.

O governante falava em Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, onde se deslocou para inaugurar as obras de remodelação e de ampliação da ETAR local, um investimento de 514 mil euros.

Carlos Martins explicou que já passou o tempo de se fazerem investimentos em que passado algum tempo as infraestruturas estavam degradadas ou não cumpriam o seu desempenho ambiental.

"Passou o tempo e passámos também por essa experiência dolorosa, de fazermos o investimento, a inauguração e depois, passado algum tempo, termos as infraestruturas degradadas ou a não cumprirem o bom desempenho ambiental", sustentou.

Já o presidente do Conselho de Administração da Águas do Vale do Tejo, José Sardinha, explicou que a remodelação e ampliação do nível de tratamento da ETAR de Proença-a-Nova aumentou a sua capacidade para o dobro, sendo que o seu dimensionamento está agora preparado para servir uma população de 4.650 habitantes.

A antiga ETAR encontrava-se a funcionar desde 2006, tendo sido dimensionada para servir uma população equivalente a 2.234 habitantes e a um caudal médio afluente de 326 metros cúbicos/dia.

"Apostámos também [na remodelação] no tratamento terciário que inclui a remoção de azoto e de fósforo, o que nos permite atingir uma qualidade de efluente de que nos orgulhamos. A água que está a ser devolvida ao meio ambiente está muito bem tratada", concluiu.