“Estamos otimistas de que poderemos vir a atingir a meta que estava traçada e que até pode vir a baixar”, disse o governante, referindo, no entanto, que “mais importante do que as metas é a realidade”.
Miguel Cabrita falava depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) mantido a taxa de desemprego de novembro nos 10,5% e ter avançado uma estimativa provisória de 10,2% para dezembro.
No Orçamento do Estado para 2017, o Governo estimava que a taxa de desemprego se fixasse em 11,2% em 2016 e que baixasse para os 10,4% este ano.
Para Miguel Cabrita, os números hoje divulgados pelo INE confirmam aquela que tem sido a evolução do mercado do emprego ao longo do ano em Portugal, com descidas sucessivas da taxa de desemprego.
“Vamos terminar o ano com cerca de 100 mil empregos em termos líquidos e com menos 100 mil desempregados, segundo os cálculos do INE. Os dados de dezembro são provisórios, mas o novembro é já definitivo e aponta para um 4.º trimestre que está também a ser muito positivo”, disse o secretário de Estado.
“É a taxa de desemprego mais baixa desde abril de 2009, o que é um dado consistente com o dado que já temos e que tem a ver com o desemprego registado, o que tem a ver com os centros de emprego, que desceu abaixo dos 500 mil, o que também já não acontecia desde 2009”, acrescentou.
Segundo Miguel Cabrita, a evolução da taxa de desemprego é também consistente com outros dados que o Governo vem acompanhando em termos de confiança dos consumidores, confiança das empresas e criação de emprego ao longo do ano.
“A economia portuguesa está a conseguir criar empregos e isso é o motor mais importante para podermos encarar o futuro e o próximo ano com a confiança de que iremos continuar a ter bons resultados neste domínio”, disse ainda o governante, não descurando o facto de Portugal ter uma taxa de desemprego superior a 10%.
“Temos problemas sérios ainda a resolver, como o desemprego de longa duração, o desemprego jovem”, disse o secretário de Estado referindo que, no caso dos jovens, houve uma diminuição “significativa”, dado que passou de ser acima dos 30% para cerca de 26%, mas é ainda uma taxa elevada onde é importante haver progressos.
O INE divulgará as estatísticas do Emprego relativas ao quarto trimestre no dia 8 de fevereiro.
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