O novo Governo, de centro-esquerda, recebeu o apoio de 45 dos 81 deputados, com três votos contra, informou a agência noticiosa MINA.
“Todos devemos fazer um esforço para que o Montenegro seja o próximo membro da UE, e que não esperemos demasiado pelo ingresso formal”, disse Abazovic, líder da coligação “Negro sobre Branco”.
O novo primeiro-ministro declarou que os “pilares” do seu Governo serão o império da lei e o desenvolvimento económico, a reforma judicial, a luta contra a corrupção e o crime organizado, investimentos e a proteção do meio ambiente.
Também indicou que pretende reduzir a tradicional polarização na política e na sociedade, que impedem o desenvolvimento do país.
Analistas locais citados pela agência noticiosa Efe consideram que o novo Executivo vai permanecer um ano no poder para organizar eleições antecipadas.
O Governo integra partidos das minorias, os sociais-democratas do SDP e o pró-sérvio Partido Socialista Popular (SNP), e não garante maioria absoluta, tendo necessitado do apoio dos 30 deputados do opositor Partido Democrático dos Socialistas (DPS).
Esta força política foi expulsa do poder em dezembro de 2020 após as eleições desse ano e na sequência de três décadas em que dominou a política montenegrina.
Não participará no novo Governo o DPS, à semelhança do pró-sérvio e pró-russo Frente Democrática (DF), as suas maiores formações montenegrinas e desde há anos envolvidas num duro confronto político que se reflete numa crescente polarização da sociedade.
Abazovic, 36 anos e de origem albanesa, foi mandatado em março para formar Governo após a queda do anterior, onde ocupava o posto de vice-primeiro-ministro.
Hoje também foi eleita a nova Presidente do Parlamento, Danijela Djurovic, do SNP, que integra a coligação no poder.
O Montenegro, com 620.000 habitantes, é membro da NATO desde 2017 e o candidato à integração na UE com o processo mais avançado até ao momento.
Comentários