Na comissão parlamentar de Saúde, onde o ministro está a ser ouvido sobre política do setor, Adalberto Campos Fernandes reconheceu a carência de profissionais no Serviço Nacional de Saúde na região algarvia, mas indicou que o Algarve tem hoje mais 315 profissionais do que em 2015.
“Trata-se de conseguir fazer do Algarve uma região que atrai e fideliza profissionais”, afirmou o ministro, acrescentando que esta é uma região particular, “porque é favorável à iniciativa privada” e que “os hospitais privados têm no Algarve um mercado que muito forte”.
Sublinhando que a “luta e a competição dos recursos no Algarve são brutais”, Adalberto Campos Fernandes adiantou que o ministério está a analisar a possibilidade de avançar com um procedimento legislativo este ano.
“Estamos a estudar para ver se, este ano, podemos avançar com um procedimento legislativo para mobilizar mais recursos para o Algarve no verão, independentemente da vontade dos hospitais de origem”, explicou o ministro.
Campos Fernandes lembrou que é permitido às unidades privadas fazer “jogos de compensações” para aliciar os profissionais, que não são permitidos no público.
A carência de profissionais de saúde no Algarve foi um dos temas mais focados pelos deputados na audição de hoje na comissão parlamentar de Saúde, sobretudo tendo em conta a notícia divulgada na terça-feira de que três diretores de serviços de Medicina do hospital de Faro estão demissionários por dificuldades nos serviços e por alegada pressão para darem altas antecipadas aos doentes.
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