"Não estamos aqui a gastar milhões e milhões. Encontrámos uma solução que, no quadro da boa gestão da região, vai ao encontro da satisfação dos interesses das famílias", afirmou o presidente do executivo, Miguel Albuquerque, durante a assinatura dos contratos, no Funchal.
O governante vincou, por outro lado, que esta é a resposta da região autónoma a um "problema" que tem sido "prorrogado sucessivamente" pelo governo central e pelo Estado.
A medida entra em vigor no dia 01 novembro e cobre apenas quatro viagens (ida e volta), sendo de esperar grande procura no Natal/Fim de ano e na Páscoa, épocas em que os estudantes universitários mais viajam entre a Madeira, o continente e os Açores.
"Esta solução vem ao encontro daquilo que são os objetivos do Governo Regional, que é evitar e iniquidade de uma família com um rendimento médio estar a adiantar centenas de euros", sublinhou Miguel Albuquerque.
Atualmente, o subsídio de mobilidade garante viagens aéreas entre a Madeira e o continente a 65 euros para estudantes e 86 euros para residentes, contudo as companhias praticam preços muito superiores, por vezes mais de 500 euros, valor que é obrigatoriamente pago pelo passageiro, sendo reembolsado após a viagem.
A solução agora estabelecida pelo executivo permite aos estudantes pagar nas agências de viagem aderentes os 65 euros no ato da reserva, sendo que o Governo Regional assumirá o pagamento do restante até um teto de 400 euros por bilhete. Se o preço da passagem for superior a este valor, o estudante terá de assumir o remanescente.
"Isto é a demonstração que há sempre soluções para os problemas. Temos é de fazer um esforço e todas as diligências políticas", afirmou Miguel Albuquerque, realçando que só não é encontrada uma solução ao nível nacional porque "não há vontade política" do governo para rever o modelo do subsídio de mobilidade.
Albuquerque disse, ainda, que a medida encontrada para os estudantes pode ser "um bom princípio" para avançar com uma solução semelhante, no quadro nacional, para todos os residentes na Madeira e no Porto Santo.
"Esta solução contempla o grande objetivo que é não dar pretexto ao governo central para limitar o subsídio de mobilidade", afirmou, reforçando que o princípio da mobilidade não tem preço, nem pode ser limitado, e deve ser assegurado pelo Estado.
As autoridades regionais estimam que cerca de 6.000 madeirenses estudam atualmente nas universidades do continente e Açores.
Comentários