“O Conselho de Ministros aprovou hoje as resoluções que determinam a seleção dos potenciais investidores admitidos a participar na fase subsequente do processo de alienação de ações detidas pela Caixa Geral de Depósitos”, lê-se na informação divulgada, que acrescenta que os selecionados agora “serão convidados a desenvolver diligências informativas e a proceder à apresentação de propostas vinculativas”.

Em 24 de maio, o Governo tinha aprovado os cadernos de encargos com as condições para a venda dos bancos Banco Caixa Geral, em Espanha, e Mercantile Bank, na África do Sul.

Já na passada terça-feira (12 de junho) foram conhecidas as condições que o Governo definiu para as vendas, segundo um diploma publicado em Diário da República, ficando a saber-se que será dada preferência a compradores que assegurem a continuidade do relacionamento com a comunidade portuguesa radicada nesses países ou clientes com ligações especiais a Portugal.

Com a aprovação de hoje em Conselho de Ministros o Governo dá mais um passo para a concretização destas vendas. Contudo, o comunicado dá poucos pormenores sobre os processos em causa, nomeadamente sobre quem são os investidores interessados em ficar com os bancos da CGD em Espanha e África do Sul.

A redução da operação da CGD fora de Portugal - Espanha, África do Sul, França e Brasil - foi acordada em 2017 com a Comissão Europeia como contrapartida da recapitalização do banco público.

No início de junho, o presidente não executivo da filial em Espanha da CGD, Francisco Cary, disse em entrevista ao jornal espanhol Espansión que o banco deve ser vendido antes do verão e que o Governo já recebeu a lista das “três ou quatro” propostas favoritas, a maioria de bancos espanhóis.

Em Espanha a CGD detém uma rede comercial de 110 balcões e mais de 500 trabalhadores.

Sobre a venda do banco na África do Sul, em março de 2017, quando essa intenção foi conhecida, representantes da comunidade portuguesa disseram à Lusa que essa decisão revela que Portugal somente se interessa pelas remessas dos emigrantes. Na África do Sul vivem cerca de 400 mil portugueses e lusodescendentes.

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