De acordo com os meteorologistas checos e polacos, algumas zonas dos dois países poderão enfrentar até 400 litros de água por metro quadrado durante os próximos quatro dias, enquanto a Áustria e a Eslováquia se preparam para receber cerca de 200 litros.
Os eventos culturais previstos para este fim de semana foram cancelados nos quatro países antes da passagem do ciclone Boris.
As instalações de retenção de água, principalmente as albufeiras junto às barragens, foram esvaziadas para poderem reter esta chuva excecional.
Na Polónia, os alertas dizem respeito ao sul do país, em particular às cidades localizadas no Oder, como Wroclaw e Opole.
“Existe um risco real de inundações locais de sexta-feira a domingo”, alerta a previsão meteorológica polaca.
Em Wroclaw, que tem 675 mil habitantes, o município criou uma unidade de crise.
O ministro do Ambiente checo, Petr Hladik, indicou por seu lado que a situação no seu país “poderá ser semelhante à de 1997 e 2002”.
As cheias de 1997 atingiram a Morávia, no leste da República Checa, matando 50 pessoas e causando prejuízos estimados em milhares de milhões de dólares.
É novamente nesta região que se prevê a precipitação mais intensa.
Em 2002, as inundações atingiram o oeste do país, matando 17 pessoas e causando danos ainda maiores do que em 1997.
As cidades da Morávia ergueram barreiras contra as cheias e prepararam sacos de areia, sendo esperadas rajadas de vento até 100 km/h.
Dezenas de eventos culturais foram também cancelados na região, incluindo um festival anual de vinho em Znojmo, que atrai habitualmente dezenas de milhares de visitantes.
O festival romano em Carnuntum, na Áustria, também foi cancelado.
Segundo a televisão austríaca ORF, a precipitação poderá fazer com que o Danúbio suba para níveis nunca vistos em cinco ou mesmo dez anos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco, Karl Nehammer, referiu que o Exército está pronto para enviar até mil soldados, se for necessário.
O Exército eslovaco e os bombeiros voluntários também estão em alerta.
A precipitação deverá ser mais intensa do que a que devastou a Europa Central em 2013, embora na altura tenha sido consideradas únicas em mil anos, de acordo com o ‘site’ eslovaco de previsão meteorológica imeteo.sk.
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