O número oficial de mortos do incêndio, que ocorreu a cerca de 30 quilómetros a leste de Atenas, mantinha-se nos 91, quando as autoridades confirmaram que o corpo encontrado no mar estava relacionado com o incêndio.

A guarda costeira reforçou os meios nas buscas por possíveis vítimas do incêndio de 23 de julho, o mais mortífero da história recente da Grécia.

Navios de patrulha da guarda costeira, helicópteros e uma fragata da marinha vasculharam o sul do golfo de Eubeia, uma vez que algumas das pessoas que tentavam escapar às chamas correram para a água.

Estes meios juntaram-se às forças de operações especiais da guarda costeira, que incluem mergulhadores capazes de atingirem profundidades de 120 metros e usar scooters subaquáticas para cobrir maiores distâncias.

Um navio de pesquisa equipado com um sonar especializado e um veículo submarino operado remotamente também foram alocados, enquanto dezenas de mergulhadores navais reformados e civis se juntaram à busca como voluntários.

Empurradas por ventos fortes, as chamas destruíram resorts à beira-mar, onde muitos moradores e reformados de Atenas têm casas de férias.

O elevado número de mortos provocou críticas ao governo sobre a ausência de estradas de acesso, sistemas de alerta e outras medidas de proteção civil em áreas residenciais cercadas por florestas e com alto risco de incêndios florestais.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, visitou hoje Mati, a zona mais afetada pelo incêndio.

“Visitei os locais da tragédia, conversei com os cidadãos, engenheiros, militares e voluntários. A dor é sem precedentes, mas é preciso respeitar todos os que combateram as chamas e que agora lutam para reparar” os danos, escreveu Tsipras na sua conta Twitter.

A vila de Mati, uma estância balnear próxima de Atenas, foi assolada por um incêndio na passada segunda-feira, que, segundo uma base de dados do Centro para a Investigação sobre Epidemiologia de Desastres, em Bruxelas, foi o fogo mais mortífero na Europa desde 1900.

O último balanço do fogo florestal apontava para 91 vítimas mortais e 25 pessoas dadas como desaparecidas.

A grande maioria das vítimas morreu devido às chamas, mas algumas pessoas perderam a vida no mar, quando tentavam fugir ao fogo.