O balanço da CP–Comboios de Portugal, enviado à Lusa, aponta para a supressão de 14,4% do total de comboios previstos (708), com maior impacto nos regionais, que alcançaram os 22,2%, equivalentes a 48 dos 216 comboios programados.

Nos urbanos de Lisboa, estavam programados 272, foram suprimidos 35 e efetuados 237, enquanto nos urbanos do Porto foram suprimidos nove dos 139 previstos.

Em Coimbra, a greve não teve impacto no período referenciado, tendo sido realizadas as 23 viagens previstas.

No longo curso, realizaram-se 48 das 58 ligações previstas, o que significa que dez comboios foram suprimidos.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) contra a última proposta de aumentos salariais de 51 euros, que representa uma progressão média na carreira de 3,89%, que a estrutura sindical considera “claramente inaceitáveis”.

Os trabalhadores decretaram “greve à prestação de todo e qualquer trabalho” das categorias representadas pelo SMAQ, desde as últimas horas do dia 09 e até às primeiras horas de dia 11.

Entre as 00:00 de dia 11 e as 23:59 de dia 17, foi convocada “greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a sete horas e 30 minutos, para as categorias Maquinista ou Maquinista Técnico”.

Já entre as 00:00 do dia 11 e as 23:59 do dia 17, fazem “greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diário que impliquem entradas e/ou saídas na sede entre as 00:00 e as 06:00, para as de Maquinista ou Maquinista Técnico”, e, entre as 00:00 do dia 14 e as 23:59 do dia 17, “greve a todos os períodos normais de trabalho que tenham a duração prevista superior a seis horas, para as categorias Inspetor de Tração ou Inspetor Chefe de Tração”.

O tribunal arbitral decretou serviços mínimos de cerca de 30% a nível nacional, bem como no que seja necessário à segurança e manutenção do equipamento e instalações e de serviços de emergência e comboios de socorro.

Em fevereiro, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram à supressão de centenas de comboios por dia.