“Neste momento estamos com algumas dificuldades logísticas para a colocação de contentores nos portos e, passando essa fase, daremos início à exportação”, o que deverá ocorrer em janeiro, disse à Lusa o diretor da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores, Nuno Correia.
De acordo com o responsável, “o tráfego de contentores” nos portos nacionais está “a trazer algumas dificuldades” à exportação de porcos, um negócio que vai movimentar cerca de 100 milhões de euros de exportações no primeiro ano e 200 milhões no segundo.
Em causa está a greve dos trabalhadores eventuais do Porto de Setúbal que não comparecem ao trabalho desde dia 05 de novembro.
Paralelamente, está a decorrer uma greve dos estivadores afetos ao Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística ao trabalho extraordinário, cujo final está previsto em janeiro de 2019 ou até patrões e sindicato chegarem a acordo.
Esta greve abrange os portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores).
Nuno Correia adiantou que as encomendas estão fechadas e “assim que os certificados sanitários forem emitidos e a situação logística for ultrapassada” as exportações terão início.
“Para o início do ano que vem serão [exportados] cerca de 10.000 porcos por semana”, reiterou.
Segundo o diretor da federação de suinicultores, os grupos ICM, Agpmeat e Montalva “farão a exportação e darão a dimensão necessária para um mercado tão grande como a China”.
O acordo foi celebrado com o ACME Group, estando já a decorrer encontros para alargar o negócio.
Adicionalmente, dentro de seis meses, vai ocorrer uma nova vistoria para tentar homologar mais três matadouros em Alcanede, Montijo e Lisboa.
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