"O processo de mediação só avança quando tem viabilidade" e "depende da vontade das partes", afirmou o governante, em conferência de imprensa, em Lisboa.
Neste caso, "não é viável fazer um processo de mediação", afirmou Miguel Cabrita.
O secretário de Estado do Emprego disse que, depois de esta tarde ter sido feito um pedido de mediação por parte do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, o Governo acionou de imediato o mecanismo legal previsto, tendo nomeado um mediador.
A Antram foi desde logo contactada no sentido de dar início ao processo de mediação, no entanto Miguel Cabrita veio explicar que este não poderá ser levado a cabo uma vez que a Antram está indisponível para reunir enquanto estiver a decorrer a greve.
“Levantem a greve e reunimo-nos amanhã [sexta-feira]”, lê-se no comunicado enviado à agência Lusa pelo advogado da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram), reiterando que “não é por responsabilidade da Antram que esta greve existe”.
Para o secretário de Estado, "aquilo que é claro neste momento para o Governo é que qualquer processo de mediação já só é possível num quadro em que a greve não está ativa".
"Para que qualquer pedido de mediação não seja um expediente dilatório, não seja uma mera formalidade, mas pelo contrário, possa ter condições de êxito, aquilo que é essencial é que a greve termine", reforçou o governante.
Esta tarde, o SNMMP pediu a mediação do Governo para chegar a um entendimento que permita terminar a greve.
Os motoristas de transportes de matérias perigosas e de mercadorias cumprem hoje o quarto dia de uma greve por tempo indeterminado, que levou o Governo a decretar uma requisição civil na segunda-feira à tarde, alegando incumprimento dos serviços mínimos.
A greve foi convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
(Notícia atualizada às 21h52)
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