De acordo com a informação divulgada, entre as 0:00 e as 8:00, dos 113 comboios programados nos Urbanos de Lisboa foram suprimidos 25% (22,1%), nos Urbanos do Porto dos 52 programados foram suprimidos seis (11,5%) e nos Urbanos de Coimbra cumpriram-se metade das oito ligações previstas.

No serviço Regional estavam programados 67 comboios e a greve obrigou a suprimir 23 (34,3%) e, no Longo Curso, apenas não circulou um dos 12 comboios programados.

Vários sindicatos deram início no dia 28 de março a novas greves no setor ferroviário, que abrangem a Infraestruturas de Portugal (IP) e a CP, até ao final deste mês.

Depois de vários dias de greve entre as 0:00 e as 2:00 e de um dia inteiro na passada quinta-feira, até 30 de abril a paralisação na IP e na CP será a partir da oitava hora de serviço.

Até final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 0:00 e as 5:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço” e, entre hoje e 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 0:00 e as 5:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Estas greves foram decretada por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA -  Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.

Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) anunciou uma nova greve na CP, durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.