De acordo com o pré-aviso de greve do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), a que a Lusa teve acesso, a estrutura não chegou a acordo com a SATA “relativamente à nova carreira de oficiais de operações de voo, arrastando-se o processo desde julho de 2022”.

A estrutura sindical considera que estes trabalhadores “têm vindo a ter um incremento de trabalho significativo nos últimos anos” e “enfrentam diariamente estas adversidades, sendo incansáveis e empenhados nas suas funções”.

O Sitava refere que “a falta de recursos humanos está refletida no trabalho suplementar, algum do qual previamente previsto, e penaliza os trabalhadores no seu descanso, vida social e familiar”.

“A carreira técnica de oficiais de operações de voo é crucial para a operação da SATA Air Açores, facto que a empresa teima em não reconhecer”, frisa o sindicato.

O sindicato afirma que a impossibilidade de acordo atinge as Medidas 23/25 aplicadas aos técnicos de manutenção de aeronaves da SATA Air Açores, sendo que a direção de recursos humanos “optou por fazer negociações sem a presença de todos os sindicatos” sobre esta matéria.

“A direção de recursos humanos recusa-se a equiparar as condições negociadas com outros sindicatos. A empresa insiste na aplicação de forma desigual das atualizações salariais entre categorias profissionais do grupo SATA, havendo categorias que tiveram um incremento substancialmente mais elevado que a inflação e outras substancialmente abaixo”, afirma o Sitava.

Os oficiais de operações de voo farão greve de 29 a 31 de agosto 2023, tal com os técnicos manutenção de aeronaves, sendo que estão garantidos serviços mínimos, tais como a “realização dos voos necessários à satisfação de problemas críticos relativos à segurança de pessoas e bens”, entre outros.

A SATA Air Açores assegura as ligações interilhas do arquipélago.