A agência Lusa avança que, segundo a fonte do GEOTA, esse "rumor" corre em Amarante e no no resto da região para onde está prevista a barragem de Fridão, no rio Tâmega.

Em resposta, a empresa esclareceu esta quinta-feira que "não está a negociar a possibilidade de assumir a concessão do complexo hidroelétrico de Fridão".

De relembrar que a construção da barragem de Fridão está prevista há mais de uma década, no âmbito do Plano Nacional de Barragens, mas a EDP - empresa à qual o complexo hidroelétrico foi concessionado - e o Governo têm adiado a sua concretização.

Para os ambientalistas, a hesitação da EDP pode ser explicada por dúvidas sobre a viabilidade económica da barragem de Fridão, no atual contexto de produção de energia elétrica.

O representante do GEOTA disse esta quinta-feira que está preocupado com a possibilidade de a Iberdrola poder assumir a concessão, porque, disse, em declarações à agência Lusa, que isso significaria a introdução do sistema de bombagem na infraestrutura a localizar em Amarante, como ocorre nas três barragens do Sistema Electroprodutor do Tâmega, a montante de Fridão, concessionadas à empresa espanhola.

O sistema de bombagem tornaria o investimento de Fridão mais atrativo sob ponto de vista económico, justificando o alegado interesse da elétrica espanhola, referiu.

Contudo, se tal ocorresse, avisa a GEOTA, teria de haver lugar a um novo estudo de impacte ambiental para Fridão, porque o sistema de bombagem não está previsto no projeto original de Fridão.

Em abril de 2016, o Governo anunciou que decidiu suspender por três anos a barragem do Fridão.

A albufeira da barragem de Fridão afetaria os concelhos de Amarante, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Mondim de Basto e uma pequena parcela do território de Ribeira de Pena.

O GEOTA reafirma a sua oposição à construção de uma barragem em Fridão, em primeiro lugar por entender haver outras fontes de energia renovável alternativa e com menor impacto ambiental. A segunda razão prende-se com a proximidade à cidade de Amarante, o eu levante problemas de segurança, uma vez que a infraestrutura, sublinhou, seria construída numa falha sísmica.

Amarante é um dos seis concelhos que têm os seus planos diretores municipais condicionados pela eventual construção da Barragem de Fridão, prevista há cerca de uma década no âmbito do Plano Nacional de Barragens.