Em declarações à agência Lusa, Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, referiu que a greve, com a duração de quatro dias, é de âmbito nacional, afetando os 49 estabelecimentos prisionais (EP) existentes no país.

Apesar de a greve abranger as 24 horas diárias em cada EP, durante este protesto os guardas prisionais vão assegurar as diligências relacionadas com a deslocação de reclusos aos hospitais e aos tribunais.

Ao nível do funcionamento interno das cadeias, explicou, a greve deverá levar ao cancelamento do trabalho dos reclusos (com exceção do trabalho efetuado para empresas), pelo que, em alternativa, ficarão na cela ou no recreio durante esse horário.

Alimentação e medicação dos reclusos, sendo necessidades básicas, são também asseguradas pelos guardas durante a greve de quatro dias, mas os reclusos terão eventualmente as duas visitas semanais, com a duração de uma hora, reduzidas a apenas uma visita semanal.

Além de contestar o horário de trabalho e a demora no descongelamento dos escalões, o sindicato reivindica o pagamento do suplemento de turno e a criação de categorias apropriadas, ou seja, de guarda-coordenador e chefe-coordenador.

O universo de guardas prisionais ronda os 4.350 para uma população prisional perto dos 13.000 reclusos.