“O Iémen perdeu 20 anos de desenvolvimento”, afirmou, em declarações feitas na segunda-feira à agência norte-americana Associated Press (AP), o administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Achim Steiner.
“Milhares de escolas estão fechadas, milhões de crianças não podem frequentar a escola, está a perder-se uma geração de educação”, reforçou o representante.
Mesmo antes do conflito civil, iniciado em 2014 entre os rebeldes conhecidos como Huthis, apoiados pelo Irão, e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, o Iémen já era considerado o país mais pobre do mundo árabe.
O cenário de guerra e as respetivas consequências vieram agravar ainda mais a situação da nação iemenita e da respetiva população composta por 30 milhões de pessoas.
O administrador do PNUD alertou, ainda em declarações à AP, que um em cada três iemenitas corre o risco de morrer de fome.
Os rebeldes Huthis controlam vastas áreas nas regiões oeste e norte do país, incluindo a capital iemenita, Sanaa.
Desde março de 2015, as forças governamentais são apoiadas por uma coligação militar internacional árabe, cujos principais pilares são a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
O conflito no Iémen já matou dezenas de milhares de pessoas, incluindo numerosos civis, segundo diversas organizações humanitárias presentes no terreno.
A guerra causou ainda 3,3 milhões de deslocados e uma das maiores crises humanitárias no mundo, de acordo com a ONU, que indica que pelo menos 24,1 milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da população iemenita, precisam de assistência.
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