A Reuters avança esta quarta-feira, 14 de setembro, que um enviado de Putin alcançou um acordo de paz provisório com Kiev no início do conflito.
O acordo satisfazia a exigência russa de garantir que a Ucrânia ficava fora na NATO, mas Putin recusou e avançou com a intervenção militar.
A informação foi confirmada à Reuters por três pessoas próximas da liderança russa.
Segundo a agência, o enviado russo, Dmitry Kozak, disse a Putin que acreditava que o acordo que havia alcançado diminuía, ou mesmo anulava, a necessidade de a Rússia avançar com uma ocupação em larga escala da Ucrânia. A sua recomendação, por isso, foi que aceitasse o acordo, o que não veio a acontecer.
Recorde-se que antes do conflito Putin disse várias vezes que um alargamento da NATO, com a possibilidade de instalar infraestruturas militares cada vez mais próximo das duas fronteiras, representava uma ameaça existencial para a Rússia, o que forçaria a uma reação por parte do Kremlin.
Apesar de, num primeiro momento, apoiar as negociações com a Ucrânia, o líder russo, quando confrontado com o acordo preliminar alcançado por Kozak, considerou que as concessões não eram suficientes e anunciou que tinha expandido os seus objetivos, que passavam agora pela anexação de partes do território ucraniano.
O acordo caiu então por terra.
Questionado sobre estas informações, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin disse à Reuters que "não há absolutamente nenhuma relação com a realidade [nestas informações]. Nada disto aconteceu. É informação absolutamente incorreta".
Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, considerou que a Rússia usou as negociações como cortina de fumo para levar a cabo a invasão. "Hoje percebemos claramente que o lado russo nunca esteve interessado num acordo de paz", disse.
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