“Os responsáveis por este ato terrível devem ser julgados”, declarou Farhan Haq.
António Guterres apelou também à libertação “imediata” dos sequestrados por aquela milícia, acrescentou. Anteriormente, o presidente da Comissão (secretariado) da União Africana, Moussa Faki Mahamat, tinha também condenado o “ataque terrorista” cometido na sexta-feira por supostos membros do grupo Forças Democráticas Aliadas (FDA).
O ataque atingiu a escola secundária privada de Lhubiriha, na cidade de Mpondwe, a cerca de dois quilómetros da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC).
Entretanto, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) condenou hoje o ataque que matou pelo menos as 41 pessoas, incluindo 37 estudantes.
As FDA são um grupo rebelde do Uganda, mas estão atualmente baseadas nas províncias congolesas de Kivu do Norte e da vizinha Ituri, perto da fronteira da RDC com o Uganda.
Os seus alvos não são claros, além de uma possível ligação ao Estado Islâmico (EI) que, por vezes, reivindica a responsabilidade dos seus ataques.
Embora os peritos do Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenham encontrado provas de apoio direto do EI às FDA, os Estados Unidos desde março de 2021 que sinalizaram as FDA como uma “organização terrorista” afiliada ao grupo ‘jihadista’.
Segundo o Barómetro de Segurança de Kivu, as FDA são responsáveis por, pelo menos, 3.850 mortes em 730 ataques perpetrados na RDC desde 2017.
Para acabar com as FDA, os exércitos da RDC e do Uganda iniciaram, em novembro de 2021, uma operação militar conjunta em solo congolês, que ainda está em curso, embora os ataques dos rebeldes não tenham cessado.
Desde 1998, o leste da RDC está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão da ONU na RDC (Monusco), com cerca de 16 mil efetivos uniformizados no terreno.
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