“A pena de morte está espalhada em todos os continentes ainda, infelizmente. Mas tenho confiança que a CPLP possa desempenhar um papel positivo neste domínio”, defendeu o próximo responsável da Organização das Nações Unidas, em declarações aos jornalistas, em Brasília, antes de ser recebido pelo Presidente brasileiro, Michel Temer, no Palácio do Planalto.

Guterres respondia a questões sobre a existência de pena de morte na Guiné Equatorial, que aderiu à CPLP em 2014 depois de impor uma moratória sobre as execuções. Na última cimeira, os países lusófonos declararam o seu apoio às autoridades de Malabo no objetivo de abolir a pena capital.

Sobre problemas de desrespeito de direitos humanos em países lusófonos, o secretário-geral designado das Nações Unidas considerou que “há passos significativos a dar em matéria de direitos humanos em todo o mundo” e lembrou que é uma das “questões essenciais da agenda das Nações Unidas”.

“Espero que a CPLP, como todas as organizações internacionais, tenha um papel muito importante no sentido de que os direitos humanos se transformem num ponto essencial da agenda internacional. Estou confiante que a CPLP, também aí, exercerá um papel muito importante”, defendeu.

Antes, Guterres sublinhara: “Temos de ir ao essencial. O essencial, para mim, 20 anos depois de ter sido cofundador da CPLP, é uma profunda alegria estar como secretário-geral eleito das Nações Unidas numa reunião da CPLP e ver que está viva, empenhada numa agenda internacional que coincide com a agenda das Nações Unidas”.

O tema eleito pelo Brasil, que assumirá a presidência da CPLP para o próximo biénio, é a Agenda 2030, sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pelas Nações Unidas.

“É um tema central na cooperação entre as Nações Unidas e a CPLP”, disse.

António Guterres intervirá, esta tarde, na sessão solene de abertura da XI conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, em Brasília, na qual participa a convite do Presidente brasileiro.

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