O apelo de Guterres surge num memorando distribuído na segunda-feira antes do Conselho de Segurança das Nações Unidas ter aprovado por unanimidade uma resolução a prolongar por mais um ano a inspeção de navios provenientes ou que se dirigem para a Líbia para assegurar o cumprimento do embargo de armas.
Guterres assinalou que os especialistas das Nações Unidas que monitorizam o embargo de armas, alguns países individualmente e organizações regionais “reportaram transferências ilícitas de armas e material relacionado a entrar e a sair da Líbia”.
Para o secretário-geral das Nações Unidas, implementar todas as medidas relacionadas com o embargo de armas “é de imediata relevância para atenuar a situação atual” e de “crucial importância para a proteção dos civis e a restauração da segurança e estabilidade na Líbia e na região”.
A guerra civil na Líbia, em 2011, levou à deposição e depois à morte do ditador, Muammar Kadhafi, mergulhando o país no caos e provocando a divisão entre uma administração, na capital Tripoli apoiada pelas Nações Unidas e que controla o Oeste do país e um governo rival no Leste, alinhado como Exército Nacional da Líbia liderado por Khalifa Hifter.
Cada um é apoiado por um conjunto de milícias e grupos armados que disputam os recursos e o território.
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