Segundo o Público, um primeiro programa do evento — divulgado pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM) e pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa a 19 de janeiro — incluía quatro procuradores como participantes: Rosário Teixeira, que liderou a investigação em que o antigo primeiro-ministro José Sócrates foi acusado de corrupção; Ana Carla Almeida, que coordenou o caso da compra das golas antifumo, e Inês Bonina, que dirigiu a Operação Fizz, onde o ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, e o procurador Orlando Figueira foram acusados de corrupção.
Dias depois, os procuradores convidados anunciaram que não tinham autorização para participar, pelo que o programa foi alterado.
Ao jornal, o CSM informou que "os procuradores convidados, integrantes do primeiro programa divulgado, comunicaram à organização da conferência, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa e o CSM, que a Procuradoria-Geral da República entendeu não ser oportuna esta participação".
"Foi dada a indicação de que a PGR considera oportuno, no momento em que estão ativos e a ser ativados megaprocessos de natureza socialmente sensível, que os senhores procuradores mantenham uma especial reserva na comunicação quanto ao tema dos megaprocessos", foi ainda referido.
Por sua vez, a PGR), liderada por Lucília Gago, refere que "o momento não é de todo propício a que, no contexto do mencionado evento, essa reflexão possa ser feita com rigor e serenidade", pelo que "considerou desaconselhada a participação de magistrados do Ministério Público".
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