"Obviamente que nestas coisas não existem datas fechadas, mas o que está programado é que o navio que traz a reboque a corveta chegue no sábado ou no domingo" à ilha do Porto Santo, explicou o vice-presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, Paulo Oliveira.
Na segunda-feira, dia 20, começam os trabalhos de preparação para o afundamento da corveta, um processo que ainda demorará 15 dias a ser finalizado, para deixar o navio dentro da área protegida do Ilhéu do Farol, na zona delimitada pelo porto de abrigo.
"O navio, para ser transportado do continente para a Madeira, precisa de ter algumas condições de estanquicidade e algumas anteparas não podiam ser cortadas. É este trabalho de abrir a corveta que será feito", explicitou.
Estas aberturas irão permitir afundar definitivamente a embarcação, ao mesmo tempo que permitirão criar condições para a prática do mergulho em segurança.
O Porto Santo já tem uma embarcação que serve de recife e de local de mergulho – ‘Madeirense' -, que está a 35 metros de profundidade, mas a corveta irá ficar menos profunda, permitindo diferentes níveis de exigência para os praticantes do mergulho.
"Abre-se o leque de pessoas que terão acesso a esta atração, além de que, devido às condições de visibilidade do mar do Porto Santo, o navio vai ser visível através da prática do snorkeling [nadar com uma máscara e tubo de respiração]", afirmou.
No afundamento o sistema que irá ser usado "baseia-se em explosivos de corte, que não têm ondas de impacto", que serão colocados abaixo do nível de água, originando as aberturas necessárias para o "navio cair direito no fundo".
Programado está mais um afundamento, também de uma outra corveta (Afonso Cerqueira) que, de acordo com o responsável, "está em fase de desarmamento para abate", o que não deve acontecer antes de 2017.
Este processo foi iniciado em maio de 2014, pelo anterior responsável pela pasta do Ambiente na região, Manuel António Correia, e custou 345 mil euros.
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