Os britânicos que estão há mais de 15 anos no exterior não podem votar nas eleições gerais ou nos referendos, sendo que os irlandeses e os cidadãos de países da Commonwealth que vivem no Reino Unido, assim como os de Gibraltar, podem exercer esse direito. A pouco mais de um mês do referendo sobre a permanência ou não do Reino Unido na União Europeia, dois expatriados britânicos - Harry Shindler, um veterano britânico da Segunda Guerra Mundial que vive em Itália, e Jacquelyn MacLennan, britânica residente na Bélgica - levaram o tema aos tribunais. Perderam na primeira instância, e agora na segunda, mas não vão desistir.
Os destes expatriados, do escritório Leigh Day, anunciaram que irão apelar até à máxima instância judicial, porque consideram que "dois milhões de cidadãos britânicos vêem seu direito ao voto ser negado ilegalmente". As duas instâncias judiciais já chamadas a pronunciar-se entenderam que a proibição não viola o direito à liberdade de circulação dentro da União Europeia, como sustentam os queixosos.
O Supremo Tribunal irá assim examinar, na terça-feira, este caso que provocou certa inquietação, porque pode obrigar a adiar o referendo agendado para dia 23 de junho, se a justiça acabar por dar razão aos expatriados.
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