Ank Bijleveld afirmou, durante uma conferência de imprensa, que os factos ocorreram a 13 de abril, mas só decidiu anunciar agora devido às informações publicadas hoje pelo Governo britânico, que acusam os serviços de informação russo de realizar uma série de ciberataques globais.
“O Governo holandês está extremamente preocupado com o envolvimento desses agentes (russos)", disse a ministra holandesa.
"Normalmente, não divulgamos esse tipo de operação de contrainformação”, acrescentou.
A Holanda recebeu ainda ajuda do Reino Unido neste caso.
Os quatro oficiais envolvidos neste caso na Holanda, cujas identidades não foram reveladas, foram levados de avião para Moscovo no dia da prisão e tiveram de deixar todos os seus pertences na Holanda.
Além disso, um computador portátil pertencente a um dos quatro agentes, que integram alegadamente os serviços secretos russos (GRU), estava ligado ao Brasil, à Suíça e à Malásia.
O conteúdo dizia respeito à investigação do acidente do voo MH17 da companhia Malaysia Airlines, abatido por um míssil em 2014 no leste da Ucrânia, afirmou a ministra.
A ministra disse que está "orgulhosa do trabalho" dos serviços de segurança holandeses e apelou aos russos que travem as operações cibernéticas secretas que buscam "minar" as democracias ocidentais.
Durante o mês de abril, ocorreram com bastante frequência reuniões na OPAQ porque foram lançadas duas investigações altamente controversas, uma sobre o ataque químico em março contra o antigo espião russo Sergei Skripal e a sua filha em Salisbury (Reino Unido), e outra sobre o alegado uso de armas proibidas contra a população civil na cidade síria de Duma.
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