O francês trepou ao Cheung Kong Center, no distrito financeiro da cidade, e desenrolou uma faixa na qual se viam as bandeiras da China e de Hong Kong, juntas, bem como um aperto de mão.
Antes de começar a escalar o prédio, Alain Robert, de 57 anos, divulgou um comunicado no qual indicou que esta ação era "uma chamada urgente para o diálogo entre os ‘hong-kongers’ e o Governo".
"Talvez o que eu esteja a fazer possa diminuir a temperatura e originar sorrisos, pelo menos é o que espero", disse o especialista em escalada.
Os protestos na região administrativa especial chinesa, que duram há mais de dois meses, têm sido marcados por violentos confrontos entre manifestantes e polícia.
A questão da brutalidade policial em Hong Kong começou após os protestos de 12 de junho, na sequência de uma intervenção das forças de segurança que usaram pela primeira vez gás lacrimogéneo e balas de borracha, uma prática que, entretanto, se vulgarizou.
Hong Kong vive um clima de contestação social desde a apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.
A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações pró-democracia generalizaram-se e denunciam agora uma "erosão das liberdades" no território semiautónomo chinês.
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